24 de dezembro de 2006

FESTAS BOAS!

É o que o medianeiro deseja para si e para seus amigos e leitores e leitores amigos.

Carpe diem!

21 de dezembro de 2006

Um poema alheio

Para quem não sabe o que é um poema alheio, recomendo a leitura do Manifesto da Poesia Alheia, que está no Dragão na Janela.


Poema extraído de uma resenha no jornal

Seis jovens americanos bronzeados e malhados divertem-se numa praia brasileira.
Uma das meninas decide fazer topless.
Os universitários bebem, jogam futebol e curtem amassos numa cachoeira.
Assim começa o trailer do filme Turistas, que será lançado em dezembro.

Até aí, apenas mais um filme americano de estereótipos.
Na continuação do trailer, no entanto,
percebe-se que Turistas vai um pouco além dos lugares-comuns sobre o Brasil.
“Num país onde vale tudo, tudo pode acontecer”, diz o vídeo,
enquanto imagens mostram os jovens sofrerem o golpe do boa noite cinderela
e serem feitos reféns numa casa na selva...

Ridículos, esses americanos.
Sempre condescendentes demais com a própria história
e tão alheios à geografia alheia.
Ainda bem que no Brasil a gente sabe distinguir perfeitamente
a Nigéria da Costa do Marfim, a Letônia da Ucrânia e a Nicarágua da Guatemala.

18/12/2006


18 de dezembro de 2006

Marinela / O marinheiro

Mais uma transcriação de um poema basco, este do séc. XIX. O autor supõe-se que seja um pseudônimo, pois não há registro de sua vida ou de outros poemas de sua autoria. Este poema concorreu em um dos concursos promovidos pelo mecenas Anton Abbadia. Na seqüência estão a tradução para o espanhol e o original em basco.


O MARINHEIRO
.......Betiri Olhondo, 1863
.......Trad. Fábio Aristimunho


..........A minha morada,
..........ela é uma bela
paisagem. Lembra a serra arborizada.
É um palácio de vento, cidadela
de ar! São incontáveis as entradas,
..........muitas as janelas.
Quantas as frestas? Quantos corredores?
Não me preocupa o sol e seus rigores.

..........Se saúde eu tinha,
..........também propriedades:
no mar o atum, no céu as andorinhas.
De San Juan de Luz, nossa cidade,
até a América, tudo eram minhas
..........terras e vontades!
Não vai parar meu moinho a mó incauta
enquanto houver grãos: água não me falta.

..........Nas horas de ócio
..........o que me entretém
é um barco a me servir em sacerdócio.
Saber para onde vai ou se é de alguém
é algo que não me incumbe. Meu negócio
..........é o que me convém.
Não desperdiço um dia de trabalho.
Ainda mais se é de festa ou de baralho.

..........Ou morrer em terra
..........ou morrer no mar
– no fim é tudo a paz da mesma guerra.
Aquietando a alma, podem me atirar.
Se é a barriga de um peixe o que me enterra,
..........eu vou me importar?
Disso o bom marinheiro não se safa.
Mas tenho sede! Passem-me a garrafa!

..............................*

EL MARINERO
.......Betiri Olhondo, 1863
.......Traducción: Koldo Izagirre

..........Sobre una loma
..........Cubierta de robles,
Mi morada está en un bello paraje,
Vivo en un palacio de aire,
¡Son incontables sus puertas y ventanas
..........También sus troneras!
¿Cuántos pasillos?... ¡Muchas grietas!
¡No hay peligro de que me haga daño el sol !

..........Tengo salud
..........Y propiedades...
En el mar atunes, en el cielo grullas...
De San Juan de Luz hasta América
Por todas partes se extienden
..........Mis campos,
Mientras haya grano no parará mi molino,
¡Nunca me falta agua!

..........Para pasear,
..........Para distraerme,
Hay un barco a mi servicio.
De quién es y a dónde va
Es algo que no me incumbe.
..........En esas cosas
No me pierdo los días de trabajo,
Mucho menos cuando es fiesta.

..........Morir en tierra
..........O en el mar,
A fin de cuentas es lo mismo.
Si mi alma está en paz,
Que me entierren en el vientre de un pez
..........¡A mí qué me importa!
El buen marinero vive contento así.
¡Tengo sed! ¡Pasad la botella!

.........................*

MARINELA
.......Betiri Olhondo, 1863

..........Bizkar batean,
..........Haritzen pean,
Ene etxea leku ederrean,
Airezko jauregian ni nago
Zenbat ote du ate ta leiho,
..........Bai eta zilo?
Zenbat arteka?... Zirritu franko!
Udan ez nau beroak joko!

..........Badut osasun
..........Eta ontasun...
Atun itsasoan, airean lertsun...
Donibanetik Amerikara,
Ene landak alde orotara
..........Hedatzen dira,
Bihi dudano badut ihara,
Sekulan ez dut eskas ura!

..........Promenatzeko,
..........Plazer hartzeko,
Untzi bat dago ene zerbitzuko,
Norena den eta norat doan
Ez naiz sartzen xehetasun hortan.
..........Kontu hoietan
Ez naiz galtzen astelegunetan,
Gutiago besta denetan.

..........Hil leihorrean
..........Ala urean,
Deus ez du erran nahi azkenean.
Dudalarik arima bakean,
Ehortz arrain baten sabelean,
..........Ez dut axola!
Marinel ona kontent da hola.
Egarri naiz, hunat botoila!

15 de dezembro de 2006

Balada dos bascos honrados

O poema abaixo, original em basco, transcriei para o português a partir de uma tradução para o espanhol. Como se tratava de uma tradução literal, me senti à vontade para recriar o poema buscando resgatar alguns elementos do original (como rima, metro, assonâncias) que necessariamente se perderam na primeira tradução. O resultado, apesar do intuito de reaproximação, é certamente bastante diferente do poema original, uma verdadeira recriação. Mas como não cultivar a tradição do tradutore traditore?

Não coloquei o original em basco e a tradução que me serviu de apoio por uma questão de racionalidade visual e economia de espaço, mas os links estão logo abaixo do poema para quem quiser comparar.

Sobre o autor: Jon Mirande (1925 – 1972), poeta basco-francês, é considerado um dos maiores escritores da língua basca no século XX. No entanto o basco não era sua língua materna, que só foi aprender depois dos 20 anos. Traduziu diversos clássicos para o basco, como Edgar Allan Poe, Franz Kafka e Federico García Lorca. Suicidou-se, em Paris, depois de uma overdose de barbitúricos.


BALADA DOS BASCOS HONRADOS

..........(Que ao mesmo tempo é uma prece
..........dirigida ao deus basco Ortzi,
..........feita por alguém que não é honrado)


São parrudos, ágeis e afeitos
à boina; a Deus guardam respeito,
falam basco e têm voz nasal;
são muito honrados, afinal
se acham fidalgos... a despeito
de sua maneira vulgar.
(Que o deus Ortzi possa evitar
de eu como eles me comportar.)

Viviam no escuro, no início,
até a Luz cobrir seus patrícios:
Deus e a Ancestral Lei revelados.
Hoje vivem iluminados,
tão iluminados e honrados
feito democratas sem vícios.
(Que o deus Ortzi possa evitar
de eu como eles me iluminar.)

Têm uma cultura tão vasta
de contos, canções e encomiastas;
são entendidos de política,
de futebol, bailado e crítica,
sem falar na música casta.
Até o missal sabem entoar.
(Que o deus Ortzi possa evitar
de eu como eles conjecturar.)

Conhecem as contas numéricas
e se enriquecem nas Américas;
também lá são eles honrados,
reunidos em patriarcados,
apesar da aptidão genérica
de mais na igreja se juntar.
(Que o deus Ortzi possa evitar
de eu como eles ir prosperar.)

Ao casar, só se casam for-
malmente, com a bênção maior
do padre ou da autoridade,
– porque o seu bom gosto, em verdade,
é dentre todos o melhor –
com moças prendadas no altar.
(Que o deus Ortzi possa evitar
que eu como eles venha a casar.)

E quase que eu já me esquecia
de homenagear nesta poesia
sua nacional vestimenta:
a camisa branca, que ostentam
aos domingos – limpa e macia
como o seu coração a amar.
(Que o deus Ortzi possa evitar
de eu como eles não me sujar.)


OFERTA:

Assim como tu, senhor Deus
Javé, já foste dos judeus
o Senhor, e és hoje dos bascos,
que Ortzi não permita que eu,
seja quem for o meu carrasco,
acabe honrado como um basco.

..........Jon Mirande, 1950
..........Trad.: Fábio Aristimunho, 2006


- Compare com a versão em espanhol clicando aqui.
- Leia o original em basco (e entenda tudo) clicando aqui.

12 de dezembro de 2006

Um poema basco

Gabriel Aresti (1933–1975) é o poeta basco mais emblemático da geração que sucedeu à Guerra Civil espanhola. Sua poesia social e engajada rompeu com a poesia de orientação religiosa que dominava até então, com uma linguagem popular e alegorias de apreensão imediata, sempre em defesa da luta social. O próprio poeta, em conformidade com a tradição da literatura basca, costumava fazer versões de sua obra para o espanhol. O poema abaixo é um dos mais conhecidos.

Aproveito para agradecer ao Josune Olabarria, da Euskaltzaindia - Real Academia de la Lengua Vasca, que num e-mail supersimpático me deu importantes orientações sobre a literatura basca.

A CASA DE MEU PAI

Gabriel Aresti, 1963
trad. Fábio Aristimunho


Defenderei
a casa de meu pai.
Contra os lobos,
contra a seca,
contra a usura,
contra a justiça,
defenderei
a casa
de meu pai.
Perderei
o gado,
as plantações,
os pinheirais;
perderei
os juros,
as rendas,
os dividendos,
mas defenderei a casa de meu pai.
Me tirarão as armas
e com as mãos defenderei
a casa de meu pai;
me cortarão as mãos
e com os braços defenderei
a casa de meu pai;
me deixarão
sem braços,
sem ombros
e sem peitos,
e com a alma defenderei
a casa de meu pai.
Morrerei,
a minha alma se perderá,
a minha prole se perderá,
mas a casa de meu pai
permanecerá
em pé.


Os originais:

NIRE AITAREN ETXEA

Gabriel Aresti, 1963

Nire aitaren etxea
defendituko dut.
Otsoen kontra,
sikatearen kontra,
lukurreriaren kontra,
justiziaren kontra,
defenditu
eginen dut
nire aitaren etxea.
Galduko ditut
aziendak,
soloak,
pinudiak;
galduko ditut
korrituak,
errentak,
interesak,
baina nire aitaren etxea defendituko dut.
Harmak kenduko dizkidate,
eta eskuarekin defendituko dut
nire aitaren etxea;
eskuak ebakiko dizkidate,
eta besoarekin defendituko dut
nire aitaren etxea;
besorik gabe,
sorbaldik gabe,
bularrik gabe
utziko naute,
eta arimarekin defendituko dut
nire aitaren etxea.
Ni hilen naiz,
nire arima galduko da,
nire askazia galduko da,
baina nire aitaren etxeak
iraunen du
zutik.


LA CASA DE MI PADRE

Gabriel Aresti, 1963

Defenderé
la casa de mi padre.
Contra los lobos,
contra la sequía,
contra la usura,
contra la justicia,
defenderé
la casa
de mi padre.
Perderé
los ganados,
los huertos,
los pinares;
perderé
los intereses,
las rentas,
los dividendos,
pero defenderé la casa de mi padre.
Me quitarán las armas
y con las manos defenderé
la casa de mi padre;
me cortarán las manos
y con los brazos defenderé
la casa de mi padre;
me dejarán
sin brazos,
sin hombros
y sin pechos,
y con el alma defenderé
la casa de mi padre.
Me moriré,
se perderá mi alma,
se perderá mi prole,
pero la casa de mi padre
seguirá
en pie.

11 de dezembro de 2006

Sarau da meia-noite na Rave Cultural

Estive no sarau da meia-noite, na rave Cultural da Casa das Rosas. Não vi muitas coisas mais, e quem viu disse que a rave foi animal, digna de reprise. Assim aguardamos.

Alguns registros do sarau:

autores convidados: Marcelino Freire, Dony Correia, Del Candeias, Luiz Roberto Guedes, Lílian Aquino, Geraldo Vidigal Neto (representando Ana Rüsche e a si mesmo), Fábio Aristimunho, Victor Del Franco, Paulo Ferraz e o zoom do Claudinei Vieira, Horácio Costa e Fabiana Faleiros

o respeitável público da madrugada

9 de dezembro de 2006

Bandeira revisitado

Manuel Bandeira lendo Evocação do Recife. Ouvir essa gravação foi um choque e uma surpresa, que me deram uma visão totalmente nova de um poeta que sempre considerei o catalizador da minha formação e do meu gosto pela poesia. [ouça aqui]

Descobri que o Bandeira tinha uma leitura mais firme e mais contida do que sempre imaginei, principalmente por causa do lirismo da sua poética. É uma leitura que chega a ser áspera até, mas ao mesmo tempo também uma leitura natural, espontânea, que não passa qualquer traço de afetação.

Essa e outras leituras estão no CD que acompanha a antologia “50 poemas escolhidos pelo autor”, que a Cosac Naify acaba de lançar a 55 reais (pena que não vi com desconto na Festa do Livro da USP). A antologia foi organizada pelo próprio Bandeira na década de 50 e as gravações, 29 poemas ao todo, foram feitas para o Selo Festa, que lançou originalmente na forma de três elepês.

Sobre o poema em si, além da parte em que o Bandeira entoa uma cantiga de roda (“Roseira dá-me uma rosa / Craveiro dá-me um botão”), tem um outro trecho que eu acho bastante emblemático:

A vida não me chegava pelos jornais nem pelos livros
Vinha da boca do povo na língua errada do povo
Língua certa do povo
Porque ele é que fala gostoso o português do Brasil
.......Ao passo que nós
.......O que fazemos
.......É macaquear
.......A sintaxe lusíada

Como não concordar com a beleza da fala do povo, a beleza do nosso português com açúcar? É uma visão essencialmente literária, de validade atemporal. O risco é encarar o trecho sob o aspecto científico, concordando com a afirmação equivocada de que no Brasil falaríamos uma versão distorcida da sintaxe lusitana – ou então cair no outro extremo, achando que tudo é legitimado na fala do povo (vide Bagno).

Bandeira, como os modernistas em geral, dava voz às teorias dos movimentos que pregavam um "Brasil lingüisticamente independente", que à época tinham já sido superadas no meio acadêmico mas que só então começavam a ser tomadas de bandeira nas esteiras dos movimentos culturais.

A exaltação dos valores locais era sim importante numa época em que o país passava por um processo de autoafirmação como nação, aos 100 anos de independência, e evidentemente nesse pacote entrava também a exaltação à fala coloquial brasileira.

Foi com o Modernismo que a literatura passou a ter um papel ativo no nascente projeto de desenvolvimento nacional (e a partir dele sempre se manteve em compasso firme com esse projeto, pelo menos até o Concretismo). Nesse contexto, era natural que os artistas dessem voz a teorias sobre a variante brasileira da língua, até então restritas ao meio acadêmico.

Pois foi a partir da exaltação à fala brasileira por parte de poetas como Mário de Andrade, Oswald e Drummond, além do próprio Bandeira, que os brasileiros conseguimos superar definitivamente o complexo de inferioridade e a culpa por não seguirmos à risca a norma portuguesa.

A lingüística pode ter assentado as bases teóricas da norma brasileira, mas foram os poetas de 22 que transpuseram a barreira cultural. Isso fica cristalino em Bandeira, para quem o povo, com sua língua certa e errada, “é que fala gostoso o português do Brasil”.

Reler Bandeira, para mim, é sempre uma experiência de reencontro; ouvi-lo então, pela primeira vez, é uma peripécia que me fez rever conceitos – o que está só começando, pois ainda falta ouvir os outros 28 poemas.

(Bem que a Cosac Naify podia mandar o livro para uma análise crítica do medianeiro.)

Carpe diem!

Rave Cultural na Casa das Rosas

Hoje: comemoração dos 2 anos do Espaço Haroldo de Campos de Poesia e Literatura.

Estaremos no sarau da meia-noite, pretendendo chegar ao café da manhã!





5 de dezembro de 2006

Vêm aí: bolsas de criação literária da Petrobras e do Minc

Já faz um tempo tenho acompanhado as discussões sobre políticas públicas para a literatura, mas pouca coisa concreta vi surgir desde o pontapé inicial, até que neste segundo semestre as coisas começaram a mudar.

Pelo que me consta, o pedala-robinho das políticas públicas para a literatura partiu do Movimento Literatura Urgente, cujo manifesto já falava em bolsas de incentivo à criação literária, e que até motivou uma matéria cala-boca da Veja. Lembro que a questão também foi levada para a FLAP, quando foram convocados o Ademir Assunção e a vereadora Soninha para falar a respeito, e cujas conclusões, apesar de propositivas, pouco tinham de alentadoras. Mas, depois de tanta saliva, agora começaram a aparecer os primeiros frutos.

Este ano já teve o PAC - Programa de Ação Cultural, da Secretaria de Estado da Cultura de SP, que pela primeira vez concedeu bolsas de incentivo à criação literária. Em anos anteriores sempre houve incentivo ao cinema, ao teatro e às artes visuais, mas em 2006 alguém da Secretaria finalmente lembrou que também havia literatura a ser incentivada, junto com o hip-hop, a cultura quilombola e o circo. Não é demais lembrar que este blog divulgou em primeira mão os resultados das bolsas do PAC.

E tem corrido à boca pequena que o Ministério da Cultura e a Petrobras pegaram a carruagem e também vão conceder as suas próprias bolsas de criação literária. A idéia é boa, louvável demais, mas agora precisa ver na prática. Qualquer processo seletivo do MINC tem pré-requisitos como "valorização das expressões da diversidade cultural brasileira" e tropicalismos do gênero. Será que o processo dessas bolsas vai escapar a limitações como essa, que em nada contribuem à literatura de qualidade? Ou será que vai ser mais um veículo para o dirigismo ideológico que "como nunca na história deste país" temos visto tão em prática?

Sou um entusiasta mas também um cético, prefiro ver no que isso vai dar. Em tese o edital da Petrobras sai amanhã, dia 6/12 - e, saindo, quero ser o primeiro a falar mal. Aguardem os próximos capítulos.

Carpe diem.

Último isso do ano

Na madrugada de sábado pra domingo, emendando o casamento, consegui ainda pegar o finzinho da reunião e do amigo-secreto da Academia de Letras, o suficiente para o testemunho abaixo.

consagração do novo presidente da AL

muvuca

parabéns ao Altivo ausente

Alex bad boy

todo mundo

3 de dezembro de 2006

Casamento dos outros é refresco!

Sábado foi o casamento da Dâni e do Sergio Mitsuo, que se conheceram quando foram meus estagiários.

A cerimônia e a festa estavam muito legais, e eu e a Ju adoramos especialmente os déjà vu que tivemos todo o tempo, projetando nos noivos a nossa própria experiência de altar!

O ponto alto da festa foi quando os noivos entraram no salão ao som da marcha imperial do Star Wars. Ah se eu tivesse tido essa idéia... Se bem que a Ju logo avisou que não teria deixado, cáspita!







Ju technicolor




com os noivos, Dâni e Mitsuo - destaque para o figurino samurai do noivo!




turminha: Karina, Fernanda, Cecília, Carol, Adriana e Flávio





Flávio difamado





Dâni reluzente

Sabadoni 011206

O meu testemunho binocular dos fatos:

leitura do Dôni

Marisa e os libretos de São Columbano, padroeiro dos poetas

cantata

panorâmica com Ruy ao fundo

Lançamento TPM

O blogueiro Thiago Ponce de Moraes, vulgo TPM, é nosso amigo do Rio e também membro do Projeto Identidade. Ele está lançando seu livro de estréia, dia 12/12, no Rio, mas aguardamos também um lançamento paulishta do Imp.

Parabéns e sorte com o livro, Ponce!


30 de novembro de 2006

Oficina (e pós-oficina) de palíndromos

início - 11:11
fim - 1:21










até sim a camiseta!







.......o cínico

.......até o professor vil lê papel; livros, se for poeta.









aí é tal platéia

.......- À Ju: fuja!
.......- Acenai, Lilian: E.C.A.!
.......- O Paulo: lua, pó.
.......- Li Victor. Rei? Pierrot? Civil!

.......à farra, Gui viu garrafa
............(skol loks)

......."aí, bebi-a"

.......- Lata no Natal?
.......- Oir bossa, mas sóbrio.

29 de novembro de 2006

Supercoisa

qualquer coisa

coisa alguma

casulo e o livro da fabi faleiros - aí tem coisa

que coisa

coisetes

coisa de gente grande

essa é a coisa


AnaR sorridente depois do emPAC!

Leitura em Diadema

Diadema - sexta-feira - 24/11 - 20h.

Virna Teixeira, Paulo Ferraz, José Geraldo Neres, Fábio Aristimunho e Rose Prado.

Primeira Mostra Internacional de Literatura.

25 de novembro de 2006

Resultado das bolsas de incentivo à criação literária – PAC 12

Finalmente saiu o resultado das bolsas de incentivo à criação literária, da Secretaria de Estado da Cultura, o afamado PAC 12. Cada contemplado leva pra casa o prêmio de R$ 20.165,00 e tem um ano para publicar o livro. Fiquei contente de ter alguns amigos sortudos aí na lista, e agora sei que ano que vem concorro mesmo em infantil!

*

RESULTADO DO PAC 12

Romance:
1. “Estado Vegetativo”, Tiago Novaes Lima
2. “Babel Babilônia”, Nelson Luiz Garcia de Oliveira
3. “Acordados – Romance”, Ana Rüsche
4. “Sylvia não sabe dançar”, Cristiane Tavares Lisboa
5. “A Necropsia do direito”, Rogério Henrique Arvatti da Silva
Suplente: “Te espero o tempo que for – Relato de um amor proibido”, Samir Tomaz

Poesia:
1. “Feito Eu – Poesias”, Elisa M. Nazarian
2. “Sanguínea – Poemas”, Fabiano Antonio Calixto
3. “Paisagens Morais” – Poesia, Fábio Weintraub
4. “A visível cicatriz – Poesia”, Ruy Afonso Proença*
5. “Atrás do osso” - Poemas, Thelma Lúcia Guedes Camelo
Suplentes: “Trânsitos”, Virna Gonçalves Teixeira; “Cidade de Demônios”, Alípio Correia de Franca Neto

Contos e crônicas:
1. “Maldita Terra Estrangeira”, Fernando Antonio Torres Portela
2. “Agora eu conto – Contos”, Andréa Fátima dos Santos (Andréa Del Fuego)
3. “Sedições”, Oscar Angel Cesarotto
4. “Paisagem com neblina”, Eustáquio Teixeira Gomes
5. “Os novos monstros Contos sobre o mundo atual”, Newton Guimarães Cannito,
Suplente: “O livro de Claudinha”, Marcelo Rizzo Mirisola

Juvenil:
1. “O fazedor de velhos”, Rodrigo Lacerda
2. “O vôo da arara azul”, Maria José Rios Peixoto da Silveira Lindoso
3. “Projeto Polo”, Adriana Calabro Orabona
4. “O jovem lê e faz Teatro – Juvenil”, Gabriela Coelho Amadeu
5. “Um Dálmata descontrolado”, Ana Cristina Araújo Ayer de Oliveira
Suplentes: “O Diário de Matheus”, Ismael Caneppele; “Cartas chilenas – recriação para línguagem dos quadrinhos”, Newton Foot

Infantil:
“O Gênero Infantil não teve nenhuma obra com finalidade mínima para ser selecionada pela Comisão Julgadora”, segundo a Ata de Julgamento.

Reportagem, biografia e ensaios:
1. “Geração Balão”, João Gualberto Costa
2. “Os donos da bola”, André Luiz Eugênio Ribeiro
3. “Estética da comunicação visual”, Eduardo Seincman
4. “I want my MTV – pós modernidade e cultura Mc World na televisão brasileira”, Luiza Cristina Lusvarghi
5. “Ensaios sobre literatura brasileira e Portuguesa”, Paulo Elias Allane Franchetti
Suplente: “Estilhaços juvenis – histórias de jovens na cidade de São Paulo”, Willian Âmbar de Novaes.


(*) O autor jura que o título saiu errado; o certo seria "A invisível cicatriz".

23 de novembro de 2006

Oficina: Palíndromo e Poesia

Histórias, curiosidades, um pouco de técnica e as afinidades com a poesia!

Ministrada por Fábio oi-bafo-do-Fábio Aristimunho Vargas e por Guilherme à-farra-Gui-viu-garrafa Almeida de Almeida.

Dia 26/11/06, domingo, a partir das 10h30, na Casa das Rosas, em São Paulo.

A oficina faz parte do "Supercoisa 00".

Na ocasião vamos lançar as bases para a fundação da APA - Associação dos Palindromistas Amadores.

Venha palindromizar com a gente!

22 de novembro de 2006

1ª Mostra Internacional de Literatura – Poesia & Prosa

O evento pretende reunir nada menos que 92 poetas e escritores! De 17 a 30 de novembro, em Diadema, “Território Livre da Palavra".

Estarei lá também, no dia 24/11, sexta-feira. Agradeço o simpático convite do José Geraldo Neres, que além de poeta é assessor de literatura da Secretaria Municipal de Cultura da cidade.

Mais informações: .

Locais e Programação:

A Mostra será realizada nos seguintes locais: Teatro Clara Nunes, rua Graciosa, 300 Centro; Centro de Memória de Diadema, Av. Alda, 255/277 Centro; Biblioteca Central, Av. Sete de Setembro, 468 Vila Conceição; Biblioteca Vila Nogueira, Rua Bernardo Lobo, 263, Centro Cultural Promissão, rua Pau do Café, 1500; e Faculdade Diadema (FAD), avenida Alda, 831, Centro.

Dia 17, Sexta-feira, 15h - Biblioteca Central - Palestra: "Federico Garcia Lorca e Eugénio de Andrade, em busca da infância perdida", com António Joaquim da Silva Oliveira, doutor em Ciências da Literatura pela Universidade do Minho (Braga, Portugal); 20h - Teatro Clara Nunes - Mesa Hilda Hilst - com António Joaquim da Silva Oliveira, Portugal, Beth Brait Alvim, do Grupo Palavreiros, Claudio Willer, poeta, ensaísta, tradutor de Allen Ginsberg, Antonin Artaud, e Lautréamont, Contador Borges, poeta, ensaísta, tradutor de Sade, Nerval, e René Char, e Radi Oliveira do Grupo Palavreiros, Diadema;

Dia 18, Sábado, 10h - Biblioteca Central - Poesia como realidade experimental - Oficina de texturas poéticas e discussões a respeito do papel da poesia e suas implicações no real. Voltada para o fazer poético - a inter-relação com cênico, a dança e a música - a oficina propõe novos olhares para aquilo que tradicionalmente está restrito ao papel; com Márcio-André e Victor Paes, da Confraria do Vento, Rio de janeiro. 10h - Centro de Memória - Oficina de Oralidade & Escrita, com Ricardo Muniz de Ruiz, do Museu da República -Palácio do Catete - RJ; 14h -Teatro Clara Nunes - Mesa Orides Fontella - com Carlos Pessoa Rosa (autor de Atibaia-SP), Flávio Viegas Amoreira (Santos-SP), Hudson Reginaldo dos Santos, Diadema, e Marcelo Ariel (Cubatão-SP); 20h - Teatro Clara Nunes - Mesa Gerardo Mello Mourão -com Arildo Correia Lima, Diadema, Guilherme Zarvos (autor do CEP20000, Rio de Janeiro); Márcio-André (Confraria do Vento, RJ), Ricardo Muniz de Ruiz (Museu da República, RJ), e Victor Paes (Confraria do Vento, RJ);

Dia 20, Segunda-feira, 15h - Biblioteca Central - Palestra: Lusofonia, a língua portuguesa no Mundo - "A Pseudonímia em Artur Cravan e Fernando Pessoa, com a "Profa. Dra. Lucila Nogueira, da Universidade Federal de Pernambuco e, "A Narrativa Ficcional de Pepetela - escritor angolano", com a Profa. Dra. Elizabeth Robin Zekner Brose, da Universidade da Região da Campanha - URCAMP-RS e como mediadora, Suely Amaral, coordenadora do Curso de Letras da Faculdade Diadema; 20h - Biblioteca Central - Mesa Jorge de Lima - com Cesár Obeid, São Paulo, Lucila Nogueira (Universidade Federal de Pernambuco); Jurema Barreto de Souza, autora de Santo André (ABCD); Murilo Kollek, Palavreiros, Diadema, Raimundo Gadelha, autor da Paraíba, residente em São Paulo.

Dia 21, Terça-feira, 15h - Teatro Clara Nunes - Mesa Gilka Machado - com Edson B. de Camargo, autor de Mauá, ABCD, Flávia Rocha, São Paulo; Glauco Mattoso, poeta, ficcionista, ensaísta, articulista em diversas mídias, em colaboração com o professor Jorge Schwartz (da USP) traduziu a obra inaugural de Jorge Luis Borges, e Macário Ohana Vangélis, autor de Mauá, ABCD; 20h - Teatro Clara Nunes - Mesa Patativa do Assaré - com Assis Ângelo, jornalista paraibano, escritor, compositor e estudioso da cultura popular; Cacá Lopes, São Paulo; Costa Senna, Ceará, residente em São Paulo, Moreira de Acopiara, Ceará, residente em Diadema. Participação especial do cantor Zacarias Oliveira e do Grupo UnirVersos;

Dia 22, Quarta-feira, 15h - Teatro Clara Nunes - Mesa Campos de Carvalho - com Aristides Theodoro, da Bahia, residente em Mauá, ABCD, Hildebrando Pafundi, Santo André, ABCD, Lucius de Mello, São Paulo; e Ricardo Gomes Pereira, Diadema, ABCD; 20h - Teatro Clara Nunes - Mesa Rachel de Queiroz - com Andréa del Fuego, São Paulo, Carlos Henrique André, Diadema, Índigo, São Paulo, Ivana Arruda Leite, São Paulo; e Sarah Helena, Mauá, ABCD;

Dia 23, Quinta-feira, 15h - Teatro Clara Nunes - Mesa Mário Faustino - com Mariana Ianelli, São Paulo; Rodrigo Petronio, São Paulo; Deise Assumpção, Mauá, ABCD; Dirceu Villa, São Paulo; e José Geraldo Neres, Grupo Palavreiros, Diadema, ABCD; 20h - Teatro Clara Nunes - Mesa Murilo Mendes - com Beatriz Amaral, São Paulo; Ieda Estergilda de Abreu, Ceará, residente em São Paulo; José Nêumanne Pinto, escritor, cronista político e articulista do Jornal "O Estado de São Paulo"; Sérgio Lara, Diadema, e Zhô Bertholini, autor de Santo André, ABCD;

Dia 24, Sexta-feira, - Centro Cultural Promissão - Mesa Clarice Lispector, dedicada à literatura fantástica - com Edson Aquino, Grupo Palavreiros, Diadema, ABCD; Giulia Moon, São Paulo; Martha Argel, São Paulo, e Nilza Amaral, São Paulo; 20h - Biblioteca Central - Mesa Dora Ferreira da Silva - com Donizete Galvão, autor de Minas Gerais, residente em São Paulo; Fábio Aristimunho Vargas, autor do Paraná, residente em São Paulo; Paulo Ferraz, autor do Mato Grosso, residente em São Paulo; Rose Prado, Diadema; e Virna Teixeira, autora do Ceará, residente em São Paulo.

Dia 25, Sábado, 14h - Teatro Clara Nunes - Mesa Paulo Leminski - com Carlos Machado, autor da Bahia, residente em São Paulo; Julio Mendonça, São Bernardo do Campo, ABCD; Rosana Chrispim, ABCD e Ruy Proença, São Paulo; e Zózimo Adeodato Fernandes, Diadema, ABCD; 20h - Teatro Clara Nunes - Mesa João Cabral de Melo Neto - com Carlos Felipe Moisés, de São Paulo, professor aposentado da Universidade de São Paulo, poeta, tradutor, crítico literário e autor de literatura infanto-juvenil; Edson Cruz, autor da Bahia, residente em São Paulo; Eduardo Sterzi, autor do Rio Grande Do Sul, residente em São Paulo; Heitor Ferraz, São Paulo; Gilda Sabas, Diadema, ABCD; e Tarso de Melo, autor de Santo André, ABCD;

Dia 27, Segunda-feira, 15h - Biblioteca Central - Mesa - "Kizomba literária - a outra margem", dedicada à literatura africana - contos - Palestras com os professores Julio D???Zambê e Débora Lopes, mediadora Kiusam de Oliveira; 20h - Biblioteca de Inclusão Vila Nogueira - Mesa Oswald de Andrade - com Ademário Augusto, autor de Diadema; Ana Peluso, São Paulo; Ana Rüsche, São Paulo; Dalila Telles Veras, Santo André, ABCD; Hamilton Faria, autor do Paraná, residente em São Paulo, e Leonor Scliar-Cabral, Universidade Federal de Santa Catarina;

Dia 28, Terça-feira, 15h - Biblioteca Central - Mesa Plínio Marcos - com Antonio Possidônio, autor da Bahia, residente em Santo André, ABCD; Jeanette Rozsas, São Paulo; Maria José Silveira, de Goiás, residente em São Paulo e Roque Raymundo França de Oliveira, Diadema, ABCD; 20h - Mesa Caio Fernando Abreu - com Luiz Ruffato, autor de Minas Gerais, residente em São Paulo; Marcelino Freire, autor de Pernambuco, residente em São Paulo; Maria Regina de Araújo, do Grupo Palavreiros, Diadema, ABCD e Yara Camillo, São Paulo;

Dia 29, Quarta-feira, 15h - Biblioteca Central - Mesa "otras voces - otras palabras" - Vicente Huidobro - com Alfredo Fressia, Uruguai; Efrain Rodriguez Santana (Cuba); Juan Carlos Rodriguez Latorre (autor do Chile, participante do Grupo Palavreiros), Diadema, ABCD; 20h - auditório da Faculdade Diadema (FAD) - Mesa Mário de Andrade - Eduardo Lacerda, São Paulo; Elisa Andrade Buzzo, São Paulo; Maria Luiza Mendes Furia, São Paulo e Vanessa Almeida, Diadema, ABCD; e

Dia 30, Quinta-feira, 15h - Biblioteca Central - Círculo de Leitura "Sem saber o amor, a gente pode ler os romances grandes?" - um encontro especial para ler, conversar e refletir sobre os textos de Guimarães Rosa. Mediador: Reni Adriano Batista, educador do Projeto Círculo de Leitura do Instituto Fernand Braudel de Economia Mundial; 20h - Encerramento: Espetáculo musical "Antes da Próxima Poesia", com o Projeto Frenesy, grupo formado por Iki Kripim (violão e voz), Silvio Lucio (backing vocal), Rafael lacerda (contra baixo) e Wilhiam (violão e voz); apresentação do grupo UnirVersos, formado por Costa Senna (voz principal e violão), Tiago Stocco (voz e violão 12 cordas), Rodolfo Stocco (violão/nylon), Ornela Jacobino (cantora de apenas 12 anos) e Júbilo Jacobino (percussão).

15 de novembro de 2006

Um poema infantil, o último


Quando a hora demora

Uma aula depressa
a mão não agüenta
e logo começa
a riscar desatenta.
.....Uma aula de pressa
.....é a mão que vai lenta.

A hora demora!

E a mente não mente:
de espaço em espaço,
o braço dormente
já sente o cansaço.
.....A gente se sente
.....a um passo do espaço.

A hora demora.

Os olhos, no fundo,
tão logo relaxam,
se perdem do mundo
e não mais se acham.
.....E, do alto do estudo,
.....as pálpebras baixam.

A hora demora...

..........Fábio Aristimunho

13 de novembro de 2006

Supecoisa 00

supercoisa


SUPERCOISA 00 – PROGRAMAÇÃO
http://supercoisa.blogspot.com/
dia 26/11, domingo

na Casa das Rosas


Durante o tempo todo:
- Feira de Livros da Rato de Livraria
- Rifa Literária


10h – 13h: Oficinas

- Oficinas de Poesia e Palíndromo
Fábio Aristimunho e Guilherme Almeida de Almeida.

- Oficina de Contos
Com Ivana Arruda Leite (a confirmar)

- Oficina: Blog e Literatura
Com Roberto Taddei


COISAS

14h: Fazer sua própria Publicação
Lançamento do livro de Dona Faleiros
Albano Martins Ribeiro
Bactéria
Claudinei Vieira
Cristian de Nápoli
Cristiane Lisboa
Os Maloqueiristas
Vanderley Mendonça

16h: Literatura Latino-Americana e o Muro de Tordesilhas
Lançamento da Edição Especial de O Casulo – Jornal de Poesia Contemporânea
Andreá Catropa
Camila do Valle
Marcelo Barbão
Vanderley Mendonça
Virna Teixeira

18h: Troca-Troca
Quem quiser participar, traga um texto que caiba em 1 folha sulfite. Leremos/discutiremos textos um do outro. Quem sabe não sai uma publicação?

20h: ASSEMBLÉIA GERAL


12 de novembro de 2006

Halloween

..........Certa noite eu sonhei

que embaixo da cama havia um monstro medonho.

..........Acordei assustado,

........e fui olhar: de fato,

embaixo da cama estava um monstro medonho.

..........Ele me viu, sorriu

e me disse, gentil:

“Durma! Sou apenas o monstro dos seus sonhos.”



quatro historinhas de terror, de josé paulo paes
in "é isso ali", ed. salamandra, rio de janeiro, 2003
fotos: iii festa de halloween de cíntia e jeff
, 11/11/06



11 de novembro de 2006

Versos satyriânicos


L’ÊTRE AVANT LA LETRE


....la vie en close

c´est une autre chose

c´est lui

......c´est moi

............c´est ça

....c´est la vie des choses

....qui n´ont pas

................un autre choix


poema de paulo leminski
sobre fotos das satyrianas
(2-5/11/06)